TwittersRun:mais que uma escolha!
TwittersRun: mais que uma escolha!
Sábado. Às 06h30min da matina levantei pensando: hoje é dia de descanso e de aproveitar o que o nosso mundo imaginário tem a nos oferecer. Apto para correr, me sentia bem, apesar das dores que senti durante a semana, mas resolvi ficar em casa. Que frio…. Já com tudo arrumado, segui minha programação: tomei meu café, ajudei a fazer a cama e coloquei minhas roupas de correr para lavar.
Enquanto isso, ficava pensando no significado que os Twittersrun têm dado a muitos dos corredores na nossa comunidade. Gosto de ficar observando as pessoas. Eu fico vivendo não o mundo de ilusões; apenas será divertido deixar-me levar pelas fantasias… É incrível esse mundo dos corredores, no Twitter, Facebook, nas corridas e nos encontros, sempre têm pessoas de vários lugares, alturas, raças, crenças, idades, nível social, econômico, amigos, colegas de faculdade, professores e amigos dos amigos. Nada de ficar se preocupando com problemas do dia a dia. Estava me sentido com o espírito tão leve, que me auxiliou a ver o lado dos outros. Por que não aproveitar esta oportunidade para relaxar? Eu simplesmente vou escrever algo que acho verdadeiro sobre a comunidade.
Quando eu falo que os Twittersrun são mais uma opção de escolha, vocês podem achar que o corredor deixou algo de lado e escolheu nossa comunidade simplesmente por que gostou. Acho que é muito mais do que isso… Durante meses venho observando que a união do grupo vem nos proporcionando várias opções de escolha no mundo das corridas. Como assim?! Pense bem, quanto mais convivemos entre os que participam de nossa comunidade maior é a quantidade de escolhas que o grupo proporciona. Podemos citar os diversos modelos de tênis que a indústria da corrida lança todo ano. São as trocas de experiências entre os usuários que divulgam seu resultado garantido aos corredores mais uma opção, e é assim com vários seguimentos: corridas, roupas, assessorias, locais de encontros, acessórios, revistas e até mesmo amizades! Vejo o tempo todo pessoas entrarem no grupo sem assessorias, planilhas e sem a preocupação inicial de como devem se comportar durante seus treinos e que mudam de opinião ou na sua maneira de pensar pela influência que o grupo proporciona. Eles investem em um bom acessório de corrida, escolhem a prova correta para participar, criam oportunidades de troca de experiências, eles simplesmente se tornam um praticante TwittersRun!
O Twittersrun é muito mais do que uma comunidade de corredores, é interação entre corredores, fabricantes, escritores, jornalistas, curiosos e amigos! Temos o livre arbítrio! Somos livres para pensar e escolher marcas, amizades, modelos, revistas e corridas! Somos feitos por corredores para corredores!!
Somos os TwittersRun!!
@twitersrun
Meia Maratona ao som de tango
Tinha que estrear oficialmente meus 21 km, só em treino não era o bastante. Programei-me para correr a Meia Internacional do Rio em Julho, mas infelizmente passei muito mal dois dias antes da prova e não pude correr. Agora, então, era partir para outra prova, e por que não uma internacional?! Fomos a ela. Tudo era novidade naquele momento – comida, roupas, local, cidade, dialeto local e a cultura. Resolvi marcar um encontro com os corredores via Twitter para foto oficial da turma, foto que foi publicada no site da Nikecorre
Fazia muito frio naquele dia, 8°Celsius às 06h10minh da manhã quando saímos do hotel eu, Pat Gomes, Renatinha, Renata Tucunduva, Ruy, Rodrigo, Fernanda Paradizo. Iríamos encontrar o restante da turma na corrida. Não estava acreditando, eu olhava e “a ficha não caía”, estava lá em Buenos Aires para correr minha primeira meia maratona. Já na largada estava super empolgado, pulava sem parar, queria ser visto por todos, e não é que deu certo, vejam a fotinha abaixo.
Fui correr de viseira, calça, duas blusas, calça? Sim, de calça; para uns eu iria morrer de calor, mas naquele frio foi ótimo. Saímos todos juntos e fomos dispersando uns dos outros. O interessante da prova é que a cada 3 ou 4 km havia uma banda tocando, avenidas largas, boa hidratação, frutas e muitos, mas muitos corredores.
Queria dar um show de tango, mas como era difícil aquela dança, andei até tomando aulas particulares com uma argentina antes, mas não foi o suficiente, olhem a prova abaixo:
No km 6 encontrei com a Renata Tucunduva e fomos correndo no mesmo pace, o engraçado é que eu não me lembrava de ter levado meu GPS e uma voz o tempo todo ia dizendo: “9 km estamos com 58 minutos, agora vem à subida, Obelisco, 11 km estamos com 1h12m e com 16 km conheço até aqui, depois tudo era novidade” – GPS da hora esse, falava tudo e achei ótimo!! Brincadeira à parte, era Renatinha mandando bem ao meu lado. De repente, foi meu joelho direito dando sinal de fraqueza, falei logo com a Rê que não estava cansado, mas não iria dar para “puxar” mais, e disse para ela continuar no seu ritmo… Passando em algum ponto, havia uma banda tocando bossa nova, e foi quando comecei a me lembrar do meu pai. Já no km 19 tive que parar pegar água, pois eram muitas pessoas, havia uma dificuldade de chegar até a água, o que travou tudo.
Ao parar, meu joelho travou, não dobrou mais e a dor veio como um passo de tango mal dançado. Comecei a andar, não conseguia correr, meu joelho doía muito, comecei a lembrar novamente do meu pai, e pensando nele reuni todas as forças para voltar a correr. Andei 500 metros e voltei a correr, cheguei como um guerreiro sem fôlego, mas cheguei.
Depois da lagrimas, tiramos a foto ao lado com a medalha e partimos para o abraço, então foi só alegria!!! Fiz em 02h21min, tempo oficial da prova.
Turma legal essa dos TwittersRun Brasil
Um atleta diferente
Madrugada fria, e estava pensando em elaborar um post. Um post totalmente diferente dos outros, não queria um simples relato como em minha vida. Então me perguntei, por quê teria que ser meu? Poderia ser de outra pessoa, mas que fosse digno de se relatar. Então veio à mente um homem simplesmente incrível, o meu amigo Luis Edmundo, mais conhecido como “Di”! Meu irmão, meu colega, meu analista, um do melhores amigos de infância que tenho e um atleta diferente. O Di é um cara diferente de todos os amigos de infância, eu o conheci quando tinha uns oito anos de idade, ele morava ao lado da casa do meu pai. Estava eu no muro da casa, quando vi o Di e sua mãe subindo a rua com uma bicicleta “Caloi Cross” amarela, novinha… novinha, até aí tudo bem, mas o que vocês não sabem é que o Di é deficiente visual, ou seja, cego, cegueta, ceguinho… como ele mesmo fala.
Como pode um sujeito andar de bicicleta e ser cego? Podem não acreditar, mas o Di pedalava normalmente dentro da garagem do seu prédio. Ele memorizou todos os espaços e guardou o número de pedaladas que podia dar, era impressionante. Fomos crescendo e o Di foi surpreendendo a todos. Penta-campeão Brasileiro de futebol de salão, Bi-campeão Sul-americano de Futebol de Salão, Campeão Mundial de Futebol de salão, o Di não ficou só nisso não. Durante algum tempo virou atleta e seu esporte preferido era a corrida dos 100, 200 metros e provas de Pentatlo. Foi chamado para as Paraolimpíadas de Seul e só não foi ao pódio porque durante o aquecimento teve uma lesão. Seu tempo era melhor do que o corredor que venceu na época.
Em 1989 o Dí passou no vestibular na UFMG no curso de Fisioterapia. Como assim, fisioterapia?? Como pode uma pessoa cursar o curso de fisioterapia sendo cego??!! – Pois é, o Di fez e fez muito bem!! Foi o primeiro deficiente visual a completar o curso de fisioterapia na UFMG, aliás, acho que foi do Brasil!! Hoje o Di trabalha no Hospital das Clinicas, no Sara Kubitschek e passou em primeiro ligar no TRT em Minas (Tribunal Regional do Trabalho).
O cara é fera ou não é? Casado o Di tem três filhos e uma esposa magníficos. Brincalhão como ele não existe ninguém, há casos engraçadíssimos como do primeiro dia de aula quando se sentou no fundo da sala e o professor, escrevendo a matéria no quadro negro, perguntou: -“Vocês ai do fundo estão enxergando?” O Di, muito sacana, respondeu que não e ainda um colega sugeriu que o professor aumentasse o tamanho da letra no quadro. O professor assim o fez, e perguntou novamente: -“E agora melhorou, está dando para enxergar??” O Di, respondendo a verdade, falou que não! O professor então solicitou que o Di sentasse na primeira fila; Di levantou normalmente e assim o fez. Sem perceber nada, o professor perguntou novamente: “E agora, está enxergando? O Di respondeu: – “Não”. Cansado de escutar que o aluno não enxergava, o professor perguntou: – “Você é cego cara??!! – Sarcasticamente, o Di se manifestou: – “Sou, tem algum problema?!” Ao final todos ali estavam rindo da situação.
Outro caso engraçadíssimo é o da senhora idosa que pegou no seu braço e perguntou-lhe: -“Meu filho, você pode ajudar essa velha senhora a atravessar a rua, eu enxergo pouco e tenho medo, falou ela.” “Ironicamente o Di pensou“ Bom, enxergar eu não enxergo, mas medo eu não tenho, então o que custa ajudar!? Então o Di pegou no braço da senhora e se tocou a atravessar a rua, quando ao final, ele segurou a bengala e armou (a bengala de cego, normalmente é retrátil)!! A senhora, olhando aquilo teve um ataque de nervos, quase enfartou e perguntou: “-Você é cego, Deus nos ajude!!!??” E Di respondeu::-“ Amém dona”. Esse Di é da pá virada mesmo!
Esse é um atleta diferente ou não é? (breve fotos)
Abraços do CorreGuto
Que tipo de corredor você é?
Ao longo de meses, fiquei observando os colegas, amigos e simpatizantes da corrida e pude perceber que existem diferentes tipos de corredores. Tudo iniciou no treinamento realizado num sábado com o pessoal da BHRACE na Pampulha. Pensando sobre isso, então, queria saber em que tipo eu me encaixaria melhor.
Como seriam os corredores existentes no meio? Acho que podemos começar pelo corredor fanático: é aquele que corre freneticamente, utiliza todos os meios de preparo, como planilhas, tênis, frequencímetro, GPS ou não!! O que importa é correr…
Temos também o corredor Magazine: tem como objetivo periódico aparecer e falar dos mais variados assuntos, sabendo de todas as promoções e novidades do meio. Corredor discreto: quase nunca aparece no meio, corre em lugares pouco freqüentados, usa acessório ou não, mas está em plena forma. Estou ficando preocupado, acho que tenho um pouco de tudo até agora, seria então corredor multifunções?
O melhor local para se perceber o tipo de corredor existente no mercado não é na corrida, mas sim em locais freqüentados pelos próprios. Vejamos então outras categorias de corredores. Corredor peidorreiro: nossa esse é o pior deles, infelizmente já tive a oportunidade de ficar ao lado de um. Nessas horas o seu batimento cardíaco pira, pois paramos de receber os 17 por cento de oxigênio necessários para abastecer o nosso pulmão. Se o vento tiver contra, não se percebe-se, mas a favor, ferrou! O corredor peidorreiro ainda acha que ninguém vai perceber sua flatulência, pode? Corredor tanquinho: corredor masculino ou feminino que corre com a barriguinha malhada de fora, zombando dos gordinhos (eu considero uma afronta contra a categoria dos corredores azeitonas).
Agora eu vou explicar o azeitona: com leve protuberância abdominal, não adianta emagrecer, pois seu formato ósseo é de uma azeitona e sempre vai ter aquela barriginha. Existe a vantagem que se pode fazer ou extrair um excelente azeite extra-virgem, mas são raros os casos. Temos o corredor Fashion Week: não corre nada e fica desfilando com a mais nova tendência de mercado. Aliás, é que mais tem no mercado ultimamente. Corredor ciumento: corredor que começa a correr porque o parceiro ou a parceira corre. Duram pouco tempo, depois caem na realidade e voltam para cama. Corredor profissional: corre bem, dedica o tempo todo aos treinos e não liga para conversa fiada, normalmente é simpático (a) e manda bem em todos os treinos. Corredor convencido: pode até correr bem, mas é sempre o melhor que os outros e sempre tem razão, entende de todo tipo de lesões, sabe todo tipo de tratamento, melhores acessórios e ninguém quer. Corredor blogueiro: esse eu conheço bem, fala bobagens em seus post’s ou não, vive correndo nas corridas, adora fazer amizades, tem hora que é chato, hora legal, revela tudo e todas as corridas, mesmo sabendo que os amigos lêem só para agradá-lo, metido a sabe tudo, nem sempre corre, mas finge que corre.
Corredor Twitteiro: esse é raro encontrar, twitam entre uma passada e outra, mas correm sem problemas. Enfim, estamos chegando ao final e temos também o corredor disciplinado: para esse corredor em especial vou dedicar meu post, acorda cedo normalmente de madrugada, treina com ou sem planilha, cuida da alimentação, tem bom relacionamento, trabalhador, gosta de ajudar quando pode, faz questão de encontrar com amigos nas provas que participa, treina mais de quatro vezes por semana e não reclama. Pode não ser os melhores dos corredores, mas se destaca entre eles. O que acho legal é que nos Twitter’s Run temos de tudo e todos participam de igual para igual, isso é democracia! Agora que tipo eu sou? E você, se encaixou em algum?
Abraços CorreGuto! www.bhrace.com.br
Nascemos esportistas e nos transformamos em sedentários?
Noite de pouco sono, levantei de madrugada. Estava muito cansado, pois no dia anterior tinha realizado um bom treino com os amigos meus que conheci na BHRACE. Ao fazer o café, fiquei a pensar. Aonde começa o nosso sedentarismo ou a prática de esportes? Tenho vários amigos que tem filhos e fiquei a lembrar os meus bons tempos de criança. Quando nascemos somos estimulados a correr, jogar de bola, nadar, andar de bicicleta e o melhor, brincar! Lembro direitinho quando meu pai me colocou na natação, depois no judô e finalmente no karatê! Observação: sempre apanhei e continuo até hoje! Agora sim, acho que iniciamos nossas vidas como esportistas! Então em que fase da vida viramos sedentários? Não tenho muita certeza, mas depois dos meus vinte e poucos anos, após o roubo da minha bike parei totalmente de praticar qualquer tipo de esporte. A barriga foi crescendo, meus exames foram piorando e o resto… vocês já sabem né? Não! Contarei em outro post, por hora completarei este.
Não sou pai e não estou aqui para criticar a criação que meus amigos dão a seus filhos, mas prestando atenção nas crianças hoje, percebi que brincam de uma maneira um pouco diferente. Após a fase inicial de aprender a andar, correr e jogar bola, a garotada de hoje vai direto aos aparelhos eletrônicos, computadores, muita televisão e brincadeiras virtuais em geral.
Será a tal vida pós-moderna? Se for eu não sei, mas deve acabar com aquela vontade de praticar esportes ao longo da vida. Alimentação na minha época também era diferente, não tínhamos essa quantidade de refrigerantes, balas, doces e fast food! Era salada, legumes, carne em geral, muito suco de fruta e a sobremesa era picolé de frutas.
Influência!! Será que pode afetar nosso meio de vida? Acho que sim! Infelizmente o coleguinha de seu filho pode ser ótima pessoa, mas se não pratica esporte, provavelmente vai influenciar diretamente no seu. Então talvez agora comece a explicar ou a clarear onde nos tornamos sedentários. Será? Acho que o caminho é esse… Estou com 38, quase 39 anos e fico me comparando aos homens e amigos meus de mesma idade. Com leve protuberância abdominal, a maioria não está em forma ou não se preocupa muito com a saúde. Um amigo meu falou o seguinte: -“Cara, eu sou muito novo e quero jogar bola com meu filho até onde eu conseguir!” Até onde então ele irá? Meu amigo é um fiel praticante de esportes, e acho que ele irá até fim da vida! E você, até onde quer ir?
Abraços
Corre Guto
Porque nos lesionamos?
Ao chegar ao escritório hoje pela manhã, vi uma mensagem de um amigo corredor dizendo o seguinte: “só me faltava essa… lesionado (de molho)”. Quando comecei a correr, escutei inúmeras vezes as pessoas do meio falando sobre lesões. O curioso é que sempre ocorriam da mesma maneira as principais lesões nos corredores. Poderíamos deixar de lado os tombos, tropeços, atropelamentos e torções, acidentes em geral. Comecei a treinar sem ajuda de um treinador ou sequer algum tipo de literatura. Coisa de amador mesmo ou de pessoa pão dura? Acredito que de amadorismos mesmo, até mesmo porque já comprava algumas revistas e tenho acesso a sites especializados que disponibilizam algum tipo de literatura para iniciantes do meio. Então me pergunto: porque nos lesionamos com tanta freqüência ou pelo menos uma vez a cada ano? Não sei, ou talvez eu não possa explicar pelos amigos corredores e até mesmo gostaria de ouvir ou ler sobre as opiniões de vocês.
Entusiasmo, empolgação, superação ou falta de planilha, qual seria a resposta? Talvez não seja correto falar que esses são os verdadeiros motivos das lesões nos atletas amadores. Tenho que confessar que o ato de correr, para mim é muito gratificante e um vício. Nem mesmo retornei aos meus treinos e já sinto falta quando não corro. Durante as férias de algumas acessorias vi corredores treinando de maneira aleatória e sem sequer se preocupando sobre excessos diários ou concentrações de esforços nos membros inferiores do corpo.
Haviam corredores que nem mais se alongavam – seria entusiasmo, empolgação, superação ou a falta da planilha? Acho que não, seria sim uma loucurarun! (Adorei o Run no final). Uma lesão raramente é aflorada do nada e sempre dá sinais antes da avalanche acontecer. O problema que nós corredores sentimos dores o tempo todo e na maioria das vezes não damos atenção no início da contusão, achando que é só uma dorzinha e que irá passar logo. Nosso grande erro é ignorar as pequenas dores, principalmente as repetitivas e localizadas. Foi assim comigo, vinha sentido dores nas tíbias e nos pés. Hora ficava mais forte nos pés, hora nas tíbias e tudo era passageiro pensava.
Outro nosso grande erro é a automedicação. Corredor tem mania de tomar um analgésico e ou um antiinflamatório, assim mascaramos as lesões ou adiamos seu agravamento. Confesso que poderia ter evitado, mas na medida em que eu corria, meu corpo pedia mais e mais… Esse ano eu prometi que não vou correr todas e sim algumas. Logo no início ao meu retorno, Eduardo Rocha, um corredor aqui de BH, me perguntou: você não aquece seu corpo? – Não! Respondi a ele. No dia seguinte já mudei meus hábitos e comecei a aquecer meu corpo com uma caminhada e logo depois alongamentos. Ao final do treino faço os alongamentos também e vou reduzindo meu ritmo aos poucos. Vou manter meu foco e para isso vou começar a treinar com Iuri Lage da BHRace. Nunca tive um treinador e nem corri com planilhas, mas se for para meu bem, assim o farei. Espero que esse post sirva para alguma coisa. Abraços
Meu primeiro ano de ano de corrida, e minhas 21 camisas em meu último post.
Noite de terça-feira, sem sono começo a escrever. Nessas horas colocamos a mente para pensar “dia difícil hoje”, nem sempre sai como agente espera. Não pretendo relatar aqui sobre as vinte e uma camisas que ajuntei no meu primeiro ano de corrida. Gostaria apenas de relatar algumas coisas que considero importante neste primeiro ano significativo na minha vida.
Minha camisa azul – Onde realmente tudo começou. Adidas etapa Outono foi à primeira corrida oficialmente realizada. Tudo era novidade, pessoas, roupas, local e adrenalina. Como dizem os grandes livros de saúde, nosso organismo não foi feito para ficar parado esperando que algo aconteça, então comecei a correr e foi lá também que realizei meus primeiros 5 km em 36 minutos de prova. Não posso deixar de agradecer à Cristiana, Adaniel, Débora e ao Cláudio da PUC Minas, que me convenceram a correr minha primeira prova.
Para minha primeira corrida de 10 km não poderia deixar comentar sobre o relato “Minha primeira prova de 10km – Perseguido por uma ambulância” que ocorreu dia 23 de Agosto desse ano. Prova do exército, extremamente difícil e muito engraçada. Durante essa prova fui passado pelo Senhor José de 85 anos, que realizou a prova em 1:12’. Prova dedicada ao meu colega @joelleitao, um cara dez! Na prova de 10 km também fiquei conhecendo “baleias corridas de rua”. Pensei que iria me dar bem com aquela turma, pois iria largar por último e ultrapassá-los facilmente. Mas o me dei muito mal, e os caras me deixaram comendo poeira.
Já tinha corrido oito provas no ano, mas a primeira Run Series foi uma das mais bacanas que corri. Quando procurei me inscrever na corrida, já tinha terminado as inscrições na internet, então, não conformado com a situação fui a loja da Track&Field BH Shopping, e fiz minha inscrição. No dia da prova, a organização pensou em tudo: estacionamento, vários atendentes, guarda volume, barracas com massagistas, hidratação e seus parceiros. Prova com muitas subidas, mas valeu cada gota de suor que transpirei.
Para primeira prova de revezamento, não podia deixar de lado o relato: “Mizuno 10 Milhas um encontro inesperado…” Para prova em dupla mista, o grande diferencial foi à cor das camisas, distintas entre masculina e feminina. Azul para homens e rosa bordo para mulheres. Minha parceira na corrida foi a Débora, que costuma correr freqüentemente provas de corrida em BH e que já correu a volta da Pampulha e a fez novamente este ano. Para minha surpresa, quem estava lá? Os amigos “Baleias Corridas de Rua”, que me passaram na prova do exército já relatada acima em algum momento deste post. Uma turma muito legal e animada. Corredores de ponta!!! Claro que da ponta de traz como diz o corredor “Delegado”, um dos membros da turma…
Totalmente diferente do que já tinha corrido, “Meu primeiro Trail Run – XTERRA Tiradentes” foi à prova que me apaixonei mais durante o ano. Não sei se era o local da prova “Tiradentes – cidade Mineira e hospitaleira”, o percurso “mata, campos, chuva, lama e pastos” e ou, companhia de meus amigos, como Guilherme, Ligia, Sérgio e Ângela. O fato é me apaixonei pela prova e correria tudo novamente.
Foi o primeiro grande encontro dos Twitter’s Run depois da formação do grupo no Twitter, e o primeiro a gente nunca esquece. Sabendo que não correria mais devido a problemas de fadiga por stress, concentrei meus esforços na recepção para meus colegas do Twitter. Tentei agradar Gregos e Troianos, mas nem tudo saiu perfeito. Tomei chuva, me desgastei emocionalmente e fisicamente, ajudei, atrapalhei-me, mas tentei dar o máximo. Pelos relatos do post “Pampulha – A volta dos que não foram”, acho que gostaram. Realmente fiquei na vontade e não pude correr.
Deixei por último o tópico mais importante, apesar de não ter feito um post específico para ele: “TWITTER RUN DAY”. Idéia lançada no Twitter, pelo meu amigo @cassipoliti, o evento foi um sucesso!! No início achei que seriam poucos corredores e não daríamos conta do desafio, mas tudo foi inesperadamente maravilhoso. O grupo se uniu como uma tropa que vai para batalha final! Marcamos o grande dia do evento e era só esperar acontecer. Meu colega @andzacaria e a @paulinacolghi providenciaram as camisetas que foram um sucesso de vendas. Não sei ao certo o total, mas voltando lá trás na memória falha, 72 foram à quantidade de camisetas que circularam nos dias do evento. Resultado do evento de dois dias de corrida: 1885 km percorridos, 120 corredores em 24 cidades no Brasil e fora dele. Foi ou não foi um sucesso?
Finalizo aqui meu post de final de ano, desejando a todos um FELIZ NATAL, e um PROSPERO ANO NOVO. Que 2010, seja pura corrida e adrenalina para nós corredores fanáticos pelo esporte.
Termino aqui com a sensação de dever cumprido. Nunca desista da sua corrida, e se algo de ruim acontecer em sua vida lembre-se – lá será o único lugar q vc esquecerá!
Abraços
CorreGuto
Twitter’s Run
Twitter’s Run na ESPN Brasil – Meus amigos e eu.
Quando me falaram que a ESPN Brasil iria fazer uma matéria com os Twitter’s Run fiquei chocado. No início não levei muita fé, mas não poderia deixar de levar em consideração tal informação, afinal de contas era de uma colega e que tenho um enorme carinho “Yara Achoa”.
Achei que ficou ótima mas sou suspeito para falar, então veja você mesmo e tire suas conclusões.
Abraço
Corre Guto
Primeira parte
Segunda parte
Pampulha – A volta dos que não foram.
Seria o primeiro grande encontro dos Twitter’s Run depois da formação do grupo no Twitter. Tudo começou no fim do mês de julho de 2009, quando alguns twitteiros resolveram aderir à idéia de um encontro na Volta internacional da Lagoa da Pampulha, prova esta que tem grande valor no calendário de corredores no mundo inteiro.
Inicialmente, éramos 10 pessoas – Lilian, Isadora, Joel (@joelleitao), Patricia (Patgomes1), Edu (trêsmeios), Ligia, Joaquim( Blogdojoca), Cássio(nosso reporte preferido), Anderson (AndZacaria), Antonio (antonioColucci), e eu (correguto). A cada dia que passava, pessoas iam aderindo à idéia e o movimento estava crescendo absurdamente. Pessoas como Zé(correzecorre), Jú(juqcorre), Rodolfo(rrlucena), Guga(Gugakamei) entre muitos outros. Comecei a me preparar, pois nunca tinha corrido 17.800 metros, ou seja, 17.8 km de prova.
Iniciei meu treinamento de 3 a 4 vezes por semana com 5 km e fui subindo as distâncias a cada 2 semanas de treinos. Acordava às 5:30 da manhã, pois não poderia correr à noite. Já com alguma facilidade, percorria 10 km em 1:10 h de média. Então passei a correr todos os dias 10Km e ai que foi o meu grande erro. Faltando algumas semanas para a prova, senti uma fisgada na perna direita e fui ao médico que logo me indicou alguns exames, mas recomendou que eu diminuísse meu ritmo de corrida, dando um descanso para meu corpo.
Assim eu o fiz, porém foi pouco. Não poderia correr a Adidas e mesmo assim corri, não poderia correr XTERRA e mesmo assim o fiz. O médico, para melhor conclusão, me pedira um exame especial chamado Citilografia – exame esse que demorou três horas para ser realizado, de tão específico que foi. Enquanto isso, de férias em casa, eu, Patgomes1, Andzacarias e o pessoal da BHRace, planejávamos uma recepção calorosa, afinal de contas não é todo dia que temos um grande encontro em um grande evento.
Tudo pronto: jantar, busão, toalhas de rosto (TWR), enfeites de mesa, baners, ambulância e a tenda (BHRace). Mas faltou guarda-chuva e muitos!!! Nosso jantar foi um sucesso!! Onde iriam 35 pessoas e foram 70, quase não houve espaço suficiente no restaurante. Para nossa surpresa, ainda fomos convidados pela ESPN Brasil a realizar uma matéria para volta da PLU, junto com os Twitter’s Run. Era quinta-feira quando fui buscar o resultado do exame, e para minha surpresa o resultado relatava resultado positivo – fratura por “stress” nas tíbias posteriores direita e esquerda, grau 1. E agora? Será que não correria a PLU?
Logo em seguida fui ao twitter e relatei aos meus colegas tudo… mensagem pipocavam a todo instante na tela. Eram mensagens com diversas recomendações e na grande maioria diziam “não corra!” Tudo aquilo era um pesadelo que passava em minha mente acordada. Revoltado, falei diversas vezes que iria mandar tudo para espaço, mas não o fiz! De sábado para domingo, dia da prova, dormi muito pouco mesmo. Com muito prazer busquei e fui deixar o cara mais engraçado que conheci no encontro – Harry, mais conhecido como @blogdoharry .
Eu e minha esposa fomos rindo do restaurante até o hotel onde ele se hospedava. Já no domingo, dia da prova, a chuva castigava BH2O sem dó! Entramos no #busãodostwittersrun e fomos a PLU. Logo no início fomos recebidos na barraca da @BHrace e ali fiquei até o final da prova. Durante algumas estiagens saía da toca ia até a orla da lagoa para ter notícias, afinal eu, Juqcorre e JunianaBan, éramos os informantes oficiais do Twitter para todo o grupo de twiteiros que seguem os TWR.
Com link ao “VIVO” dávamos notícia o tempo todo sobre a corrida. Era o máximo e muito engraçado. Em nossa redação a Editora “chefe” Yara Achôa (@yaraachoa), recebia tudo e RT as menssagens aos twiteros. Vendo alguns corredores na chegada da prova, percebi que a melhor coisa que fiz, foi não correr. Muito estavam quebrados (termo muito comum no meio para quem sofreu alguma fadiga e ou lesão). Terminei o encontro muito satisfeito com o resultado de meus colegas. Espero que eles também! Agradeço o apoio de todos e em especial as dedicatórias escritas no livros “ Maratonando” e “+corrida” de Rodolfo Lucena (rrlucenla) .
Abraços CorreGuto
Meu primeiro Trail Run – XTERRA Tiradentes
Hoje pela manhã, quando acordei, eu reparei que já era hora de partir rumo a Tiradentes/MG. XTERRA lá vou eu! Já em Tiradentes nunca vira tantas pessoas juntas assim. Observando bem as pessoas, pude notar que se trata de um ponto de confraternização comum para os corredores de todas as categorias, ciclistas, atletas, crianças, avós, pais, amadores e profissionais. Com o clima extremamente agradável, continuamos a nossa rotina. Peguei meu kit e uma surpresa. Não havia chip para cronometragem da prova. Como pode uma corrida do porte do XTERRA não ter tal artifício? Notei também que ali havia pessoas que apenas eram companhias de outros atletas. Muita chuva e a grama estavam molhadas ainda.
Logo pela manhã encontramos com alguns corredores como Ligia, Guilherme, Ângela, Sérgio e outros. Fomos à prova. Aquecimento pronto, relógio zerado, parâmetros acertados então tudo pronto, vamos à corrida. Passando pela largada, liguei o meu cronômetro e tudo começou. Em um ritmo muito forte logo no início da corrida, pude perceber que pessoas iriam cansar rapidamente. Equipes, durante o percurso foram bem posicionadas para orientar os corredores na mata.
Continuei correndo e observando. Terreno bem molhado por causa da chuva, barro e tombos não faltaram durante a corrida. Quando pude perceber, eu já estava a 3 km e o cansaço batia forte, meu pé já “berrava” de dor e logo pensei: não cheguei aqui para desistir! Na minha frente luzes de outros corredores faziam um visual brilhante e interessante. Durante a prova os corredores se ajudavam e gritavam: pedra solta, direita melhor, olha atoleiro, rio a frente!! E eu falava também: pois é, eu não tive como gritar, ou melhor, nem fôlego eu tinha. Atolei até o joelho várias vezes e atravessamos dois rios – pelo menos lavou as pernas. Já nos passos finais resolvi apertar o meu ritmo e fui em frente.
Terminei minha corrida em tempo 1:01:58 seg. Naquele local pude perceber que ali sim, era o ponto final dos encontros dos corredores que ali se estavam naquela noite. Uns tomavam água mineral, outros água de côco, sucos e cada um com suas preferências. Crianças com seus pais, adolescentes e idosas, tudo era tão saudável que chamava atenção a todos que ali estavam. Surpresa final foi que não apareci na classificação. Meu número de peito era 37, mas na inscrição foi registrado como 36. Um forte diálogo com o gringo responsável pela organização e tudo se resolveu. Detalhe pelo inglês desfluente: “Ok! Thanks! Ok! Tanks!! Sorry!!”E depois, um “desculpaasss” todo enrolado do gringo. Satisfeito com mais um dia pude perceber que a vida é assim: comum e muito mais simples do que se parece ser, porém somos nós que dificultamos as coisas e eu lhe pergunto: para quê?
CorreGuto