Meia Maratona ao som de tango
Tinha que estrear oficialmente meus 21 km, só em treino não era o bastante. Programei-me para correr a Meia Internacional do Rio em Julho, mas infelizmente passei muito mal dois dias antes da prova e não pude correr. Agora, então, era partir para outra prova, e por que não uma internacional?! Fomos a ela. Tudo era novidade naquele momento – comida, roupas, local, cidade, dialeto local e a cultura. Resolvi marcar um encontro com os corredores via Twitter para foto oficial da turma, foto que foi publicada no site da Nikecorre
Fazia muito frio naquele dia, 8°Celsius às 06h10minh da manhã quando saímos do hotel eu, Pat Gomes, Renatinha, Renata Tucunduva, Ruy, Rodrigo, Fernanda Paradizo. Iríamos encontrar o restante da turma na corrida. Não estava acreditando, eu olhava e “a ficha não caía”, estava lá em Buenos Aires para correr minha primeira meia maratona. Já na largada estava super empolgado, pulava sem parar, queria ser visto por todos, e não é que deu certo, vejam a fotinha abaixo.
Fui correr de viseira, calça, duas blusas, calça? Sim, de calça; para uns eu iria morrer de calor, mas naquele frio foi ótimo. Saímos todos juntos e fomos dispersando uns dos outros. O interessante da prova é que a cada 3 ou 4 km havia uma banda tocando, avenidas largas, boa hidratação, frutas e muitos, mas muitos corredores.
Queria dar um show de tango, mas como era difícil aquela dança, andei até tomando aulas particulares com uma argentina antes, mas não foi o suficiente, olhem a prova abaixo:
No km 6 encontrei com a Renata Tucunduva e fomos correndo no mesmo pace, o engraçado é que eu não me lembrava de ter levado meu GPS e uma voz o tempo todo ia dizendo: “9 km estamos com 58 minutos, agora vem à subida, Obelisco, 11 km estamos com 1h12m e com 16 km conheço até aqui, depois tudo era novidade” – GPS da hora esse, falava tudo e achei ótimo!! Brincadeira à parte, era Renatinha mandando bem ao meu lado. De repente, foi meu joelho direito dando sinal de fraqueza, falei logo com a Rê que não estava cansado, mas não iria dar para “puxar” mais, e disse para ela continuar no seu ritmo… Passando em algum ponto, havia uma banda tocando bossa nova, e foi quando comecei a me lembrar do meu pai. Já no km 19 tive que parar pegar água, pois eram muitas pessoas, havia uma dificuldade de chegar até a água, o que travou tudo.
Ao parar, meu joelho travou, não dobrou mais e a dor veio como um passo de tango mal dançado. Comecei a andar, não conseguia correr, meu joelho doía muito, comecei a lembrar novamente do meu pai, e pensando nele reuni todas as forças para voltar a correr. Andei 500 metros e voltei a correr, cheguei como um guerreiro sem fôlego, mas cheguei.
Depois da lagrimas, tiramos a foto ao lado com a medalha e partimos para o abraço, então foi só alegria!!! Fiz em 02h21min, tempo oficial da prova.
Turma legal essa dos TwittersRun Brasil